Uma
nova visão
Teológica
Para
alcançar o mundo para Jesus.
A
semiose cristã moderna.
Pastor
Rogério Oliveira
Introdução:
Nos últimos tempos, e tempos
me refiro aos anos não muito distantes, temos visto uma modificação na orientação
visionaria da “igreja Instituída” no Brasil e no mundo.
Lembro-me que quando ainda adolescente,
na década de 80, a igreja vivia a visão de que Jesus estava para voltar em
breve, e este breve era amanhã de manhã. Levantávamos nos perguntando se seria
hoje que nosso Senhor e salvador voltaria nas nuvens para nos levar. E não
raras vezes, ouvíamos nos cultos testemunhos emocionados, de filhos e mães que,
voltando para sua casa de um culto ou de
uma saída para o centro, não encontrando seu familiar querido, pensava que o
arrebatamento acontecera!
A urgência em alcançar o
mundo para Jesus estava no ar e no sangue da igreja de Cristo sobre a terra. Como na época da igreja primitiva, ou melhor
dizendo, Original, Jesus estava voltando e devíamos cumprir o Ide do Senhor,
evangelizando toda a terra.
Mas o tempo passou e Jesus não
voltou. A igreja, como nos tempos dos apóstolos dizia (mais de 1900 anos atrás!): “nos últimos dias virão escarnecedores com zombaria andando
segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa
da sua vinda? porque desde que os pais
dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” (2
Ped. 3:4).
E a igreja adormeceu!
A igreja instituída passou não
mais a viver do Senhor e sua grande comissão, mas passou a viver o dia a dia de
sua própria vida e matou missões. Matou a visão de Deus.
O que vemos hoje são pessoas
dizendo para tomar o reino, mas não o das trevas, mas o reino dos homens. Dizendo
que os filhos de Deus não devem esperar Jesus voltar mais a terra para
arrebatar sua igreja, mas fazer deste mundo um céu na terra e para isto, tomar
o poder temporal, político e administrativo do planeta. Quando não o bélico.
Precisamos de uma nova
teologia que realmente mostre o caminho para o corpo de Cristo. Uma nova visão
de evangelização para os povos e principalmente, mostrar que a igreja tem uma
missão e ela não pode ser achada dormindo como as dez virgens loucas. Ouvindo o
grito e se desesperando:
-Eis o noivo!
A chamada da meia noite, já
se aproxima. O noivo está às portas. A igreja deve acordar e levantar-se para
realizar o desejo do Senhor:
-Ide por todo o mundo,
pregai o evangelho a toda a criatura!
Como?
-E estes sinais acompanharam
aqueles que crerem: em meu nome expulsaram demônios, pisarão em serpentes e se
beberem alguma coisa mortífera, não vos fará dano algum e se impuserem as mãos
sobre os enfermos estes serão curados!
Pastor. Profeta
Rogério Oliveira
Cap. 1
Relação
cristã.
Relação cristã é o vínculo
subjetivo entre duas partes e o objeto que a elas se relaciona.
As partes são o que leva a
mensagem, o mensageiro, e o que recebe a mensagem, o receptor. O objeto é que
se transmite nesta mensagem, o evangelho.
Hoje, segundo as modernas
teorias comunicacionais, estes agentes não são mais passivos, mas ativos também,
pois não só transmitem ou recebem a mensagem, mas a decodificam e a devolvem ao
seu destinatário, se tornado emissor e receptor ao mesmo tempo.
Quando você fala com alguém
hoje de Jesus Cristo, não é mais como antes se achava: falo, ele aceita e muda
sua vida!
Não! Hoje quando você
comunica o evangelho é:
-Falo, ele discorda,
devolve, eu rebato, ele aceita um ponto, devolve com um questionamento, e
respondo até que suas duvidas se satisfação. Então ele aceita a Jesus, o que está errado, pois Jesus não é aceito mas reconhecido como Deus e Senhor.
O evangelho já não é mais
linear, mas circular, num movimento constante de atualização e mudança. O que a
igreja instituída não aceita e se revolta e muita das vezes persegue quem tenta
lhe abrir os olhos.
O que tem acontecido é que a
igreja instituída, não todas, mas muitas, tem mostrado um evangelho que não é o evangelho da bíblia. Mudou
seu objeto. Mudou sua visão. Mudou seu
coração de lugar.
Hoje é pregado opiniões, pontos de vista, regras e formas e não Jesus Cristo e este crucificado. Em poder do
Espírito Santo.
O objeto é Jesus! É ele que
deve ser levado aos homens.
Cap.
2
A
situação cristã.
A situação cristã é o
vinculo de tudo que se relaciona com as partes e o objeto que eles procuram
entender.
As partes são: enunciador-
enunciatário e o enunciatário-enunciador: mensageiro e receptor, e o objeto:
Jesus. Ou deveria ser.
A diferença, mas não contraditória,
entre a relação e a situação cristã, é que na relação, somente as duas partes
se relacionam com o objeto. Já na situação cristã, tudo se relaciona com o
objeto: As partes, a cultura, a educação, a situação econômica do momento, a
situação social do momento da parte e do local e assim vai.
E assim tem sido por muitos anos. Uns focando
em levar um Jesus vestido de posições econômicas ou ideológicas e outras vezes
um Jesus totalmente despojado de tudo, onde na verdade poderia se colocar nele
qualquer coisa: cor ideológica, pensamento econômico e muitas outras visões
relacionadas a si mesmo e não a Ele.
Quero apresentar uma nova
visão para este século XXI...
Cap. 3
A
semiose cristã
A semiose é o futuro da interpretação
dos sentidos.
A semiose, segundo Professor
Julio Pinto, é o vir a ser! Porque os sentidos estão sempre mudando, sempre se
atualizando, estão sempre em movimento.
O meu objetivo não é fazer
deste estudo uma ode inteligível, mas torna-la simples é palpável a todos. Por
isso, não quero e não me aprofundarei em significados, mas em sentidos.
Muito do que tem sido pregado
não é o objeto puro em si, Jesus, mas os significados que ele tem para certos
grupos sociais, Igrejas institucionalizadas, e seus mensageiros.
Jesus, o objeto, produz
sentidos, que interpretados geram sentidos, que geram significados e são então
tidos como objetos. Simples? Nada.
Vide estes exemplos:
Quando se levou o evangelho
as nações no século 18 e 19, passou-se por isso. Muitos missionários chegaram a
países e continentes distantes e tão diferentes como Índia, África e Oceania,
com um evangelho que não Jesus, mas um evangelho ocidentalizado. Vestido de
cultura e hábitos do seu país e quando apresentado ao povo destas nações foram
rejeitados pelos mesmos.
Na China os missionários eram
considerados demônios ocidentais por não respeitarem a cultura e os hábitos chineses.
Na índia, os intelectuais
indianos, os consideravam invasores e muitas vezes sem argumentos, devendo os
mesmos só pregar as castas mais baixas, o que fizeram com sucesso para a gloria
de Deus, por não oferecerem resistência intelectual aos mesmos.
Entenda que quando levaram o
evangelho, não levaram Jesus, mas levaram sua visão de Jesus, sua visão de
igreja, sua visão do reino!
E ainda tem o fato que
muitos missionários achavam isto:
-Você é um sem Deus. Eu sou missionário.
Você me ouve e me obedece e sua vida muda!
A resposta:
-Eu tenho um deus. Você é um
invasor intrometido. Vou de matar e mandar seus pedaços como aviso para seu país.
Assim muitos pereceram. Não
estou dizendo que todos foram assim, muito pelo contrario. Mas os sentidos
poderiam ter ajudado os servos do Senhor nesta jornada e muitas obras que
depois pereceram, após anos de trabalho árduo, poderiam ter continuado até hoje.
Cap. 4
A relação
cristã situacional
A relação cristã situacional
é levar ao mundo hoje que nós, eles e Jesus, estamos evolvidos não só numa
relação estrita entre eu-tu e tu-eu, mas eu-tu-seu-mundo e seu-mundo-eu-tu.
Significando que quando
levamos ao mundo Jesus, não levaremos embalagens, mas levaremos Jesus e sua
graça, não levaremos ideologias, mas Jesus e seu amor, não levaremos economia,
mas Jesus e seu perdão, não levaremos sistema político, mas simplesmente Jesus.
Entendendo que Jesus morreu
por nós pecadores e que este perdão está em falta. Entendendo que ele nos
mandou levar o evangelho a toda criatura e que estamos em falha. Entendendo que
devemos pregar Jesus e não conceitos de nossas teologias.
Gordon na China, Hudson também
lá, Stanley na Índia, São Patrício na Irlanda e Columba na Bretanha. Todos estes homens entenderam isto e foram perseguidos
por suas igrejas na época, nós é que não seremos?
Fim.
Leve o evangelho, leve
Jesus. Deixe Deus ser Deus na vida das pessoas, deixe as pessoas escolherem seu
caminho. Se elas quiserem ir para esta ou aquela igreja, que assim seja, mas é
sua vontade que deve ser respeitada.
Chega de dizer que cremos em
Deus, porém ele não vai mais voltar. Que o mundo é para ser conquistado. Meu
reino não é deste mundo, daqui eu não sou, disse Jesus. E Chega de dizer também que não temos
responsabilidade com a grande comissão, mas que devemos viver o aqui e o agora.
Não creia nisto!
Jesus é a
nossa mensagem aos homens, mulheres, gays e lgbt’s deste mundo. Mostrar-lhes Jesus e sua gloria e deixemos que eles tomem a decisão sobre o seu caminho.
Amém
Pastor. Profeta
Rogério Oliveira.
Nota: Quando digo para levarmos Jesus e não costumes ou outra coisa que não o evangelho puro, não estou advogando que os frutos deste trabalho seja deixado a Deus dará, mas que quando levamos Jesus e ganhamos as almas, deixamos estas almas e suas culturas moldarem a forma e formato de suas igrejas, sem interferência externa, mas com a cara de sua nação e de seu povo. Agora, obvio que quem plantou terá a benção dos frutos, se foi a igreja fulana de tal, a igreja nacional se chamara , creio, pelo seu nome. EX: Igreja de Jesus do Brasil, ,mesmo que tenho sido fundada por norte Americanos ou europeus.
Um exemplo:
A muitos anos, um grupo de missionários pregou a alguns índios brasileiros. Pregaram Jesus e nada mais, deixaram o básico da salvação e a bíblia com o povo e se retiraram.
Algum tempo depois, retornaram e o que viram foi isto:
Havia um culto, uma vez por semana, todos se sentavam na oca, a casa de oração, cada um dava um testemunho , oravam, cantavam seus hinos e no fim, o chefe da tribo, o pastor, dava a benção final. Nada igual ao que um missionário faria ou se tivesse levado a forma e o jeito da igreja que o enviou faria. Isto é levar Jesus e deixar o Espírito Santo ser Deus, Ele vos ensinará toda a verdade!
Para mais conhecimento, leia: Por esta cruz te matarei e entenda o tempo das culturas e nações.
